Vivemos em um mundo que ainda é fundamentalmente masculino e
racional. Por isto mesmo, a maioria das mulheres esqueceu ao longo das Eras a
importância de se auto respeitar.
Respeitar o seu ventre e sua energia sexual como algo
sagrado e belo. Vemos mulheres julgando umas às outras e se utilizando de
expressões criadas para agredir especificamente à mulheres, como nós.
A palavra puta, por exemplo, é uma agressão à sexualidade
feminina, que pode ser muito perigosa para a sociedade machista em que vivemos.
Prova disto é que a “versão masculina” da palavra é muitas vezes utilizada para
condenar e oprimir o lado feminino e emocional que existe em todo homem, assim
como existe um lado masculino em toda mulher.
Em tempos que a muito já se foram, o homem como espécie
venerava o sagrado feminino como algo divino e especial. A mulher era
considerada um ser de grande poder, pois sangrava todo mês e conseguia
sobreviver.
Conforme o tempo passou e o machismo cresceu, transformando
príncipes em sapos e mulheres em escravas sem opinião, a menstruação se tornou
sinônimo de dor e de péssimo estado de espírito, quando na verdade, é a ligação
que flui através de nosso corpo e nos conecta com a terra. É o que devia sempre
nos lembrar de que somos poderosas, e que, como a Lua, nos enchemos e
esvaziamos a cada mês, que morremos e voltamos à vida. Que podemos DAR a vida.
Antigamente, nossas antepassadas, sintonizadas com seu
próprio ritmo, se retiravam em seu período menstrual para as Tendas Lunares,
respeitando sua pausa e aproveitando o seu momento para contemplação e oração.
Seu ciclo era tão perfeitamente sintonizado com as fases lunares que até mesmo
gestações podiam ser contadas por Luas.
À medida que a mulher moderna foi se desligando deste ritmo,
começaram a surgir os problemas emocionais, hormonais e psíquicos que
usualmente configuram o problema em que se tornou a TPM.
A partir deste desequilíbrio a mulher é impedida de
vivenciar naturalmente seu poder e sua natureza, impedida de reconhecer sua
força e sua sexualidade.
Como hoje em dia as mulheres, presas ao ritmo agitado e à
correria do dia-a-dia, não podem, seguindo o exemplo de suas ancestrais, se
retirar para as Tendas Vermelhas, devemos ao menos nos conscientizar da dádiva
que recebemos ao menstruar.
Busque outras mulheres que assim como você estejam
interessadas em compartilhar experiências, sonhos e visões provenientes de seu
sangue. Recuperem os costumes dos antigos “Conselhos de Mulheres” e cantem,
dancem e festejem. Regulem-se juntas e tornem-se irmãs unidas por seus ciclos.
Existem muitas maneiras de reestabelecer sua conexão natural
com a “Mãe”, e talvez a mais importante delas seja regular seu ciclo de acordo
com as fases da Lua e tentar se aproximar do ciclo regulado de 28 dias que a
mulher costumava ter.
O ciclo menstrual de uma mulher vai desde o primeiro dia que
ela menstrua até o último dia antes da próxima menstruação, e um ciclo considerado normal nos dias de hoje vai de 23 a 35 dias.
Uma maneira simples
obter a conexão do seu ciclo em sintonia com o ciclo lunar completo (28 dias) é
se expor à luz da lua todas as noites por alguns minutos, mesmo que poucos, e
visualizar mentalmente o que deveria estar acontecendo com seu corpo de acordo
com a fase da Lua.
De acordo com o ponto de vista mágico, existem dois tipos de
ciclos menstruais: O ciclo da Lua Branca e O ciclo da Lua Vermelha, e é importante saber que nem um é melhor ou mais correto que o outro e que a mulher vai oscilar entre os ciclos durante toda sua vida, em razão de seus projetos e ambições, e até mesmo do ambiente em que vive e ao qual está exposta.
O Ciclo da Lua Branca
A mulher pertence ao Ciclo da Lua Branca quando sua ovulação coincide com a Lua Cheia e a Menstruação com a Lua Negra.
O período de maior fertilidade da mulher da Lua Branca acontece na Lua Cheia, e por isto esta mulher tem maiores inclinações a expressar sua energia energia criativa por meio da reprodução.
O Ciclo da Lua Vermelha
A mulher deste ciclo ovula na Lua Negra e menstrua na Lua Cheia.
Como o seu período de maior fertilidade coincide com a Lua Negra, o período de escuridão, nesta mulher, há um desvio de energia criativa, que se volta para o desenvolvimento interior. Bruxa, maga ou feiticeira, diferentemente da mulher da Lua Branca, ela sabe utilizar sua energia sexual para fins mágicos, e não somente procriativos.
A Lua Negra acontece nos três dias que antecedem a Lua Nova, entendido como o 5º dia da Lua Minguante.
Como saber quando ovulo?
É muito simples saber quando é seu período de ovulação. A conta é simples: Basta saber de quantos dias é o seu ciclo e diminuir por quatorze. Ex: Se o seu ciclo for de 35 dias, você irá ovular no 21º dia do ciclo (35 - 14).
Claro, esta conta não é exata, mas, além, disso, seu corpo pode te ajudar a descobrir. Algumas mulher sente uma dor abdominal, no baixo ventre, semelhante à cólica, e a vagina expele um muco transparente, semelhante à clara de ovo.
Claro, esta conta não é exata, mas, além, disso, seu corpo pode te ajudar a descobrir. Algumas mulher sente uma dor abdominal, no baixo ventre, semelhante à cólica, e a vagina expele um muco transparente, semelhante à clara de ovo.
Uma boa ideia para aprender a identificar o tipo do seu ciclo é fazer um diário da menstruação, onde você poderá anotar por cerca de 3 meses (preferencialmente por seis):
* O início da ovulação;
*O início da menstruação;
*A fase da Lua;
*Suas mudanças de humor;
*Disposição;
*Nível Energético;
*Comportamento social e sexual;
*Preferências;
*Sonhos e,
*O que mais sentir necessidade.
Aconselho a fazer este diário em diferentes fases da vida, para, além de compreender seu ciclo, também estudar suas oscilações entre os dois tipos.
Seu período menstrual é uma fase de grande poder, quando suas habilidades mágicas são realçadas pelos poderes de sua Lua. Momento propício para se conectar ao seu animal de poder, fazer viagens xamânicas, banhos de luz lunar e água lunatizada, contato com seu ventre, meditação e estudos para realizações interiores.
Procure viver mais naturalmente e calmamente neste período. Desacelere o ritmo, respeite a si mesma, se compreenda e dê mais um passo em direção ao auto-conhecimento.
Beijos e Boa Sorte!
Texto pesquisado e desenvolvido por Ayla Dresch
6 comentários:
Gostei do seu olhar feminino sobre esse tema interessante!
Ótima postagem, Ayla. Adorei, adorei!
Achei muito interessante ver o outro lado de uma coisa que para muitas mulheres é desagradável, e saber que isso é algo "especial".
:D
Beijos!
Muito obrigada Iasmin, e, Hercules, fico feliz que tenha achado interessante!
:D
Massa!
Muito bom mesmo.
Aliás, adorei o blog. Lindo em visual e conteúdo.
Seguido e curtido.
Beijão.
Muito obrigada, Beth! Isto me motiva muito!
Oi, Natana, tudo bem sim, e com você?
Visitei o seu blog - que é muito lindo diga-se de passagem - e já deixei um comentário no post do lançamento de Êxtase (Rapture). ;D
Beijão!
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